BLOCKCHAIN APLICADA AO MERCADO DE SEGUROS

Ao tratarmos de blockchain, não raro há a associação com as bitcoins.

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Ao tratarmos de blockchain, não raro há a associação com as bitcoins. Isso pois ambas surgiram juntas em meados de 2008. No entanto, atualmente a tecnologia blockchain vem sendo aplicada em usos dissociados da criptomoeda em novos mercados, como o de seguros.

Na verdade, o blockchain consiste em uma tecnologia que permite o registro distribuído de dados como medida de segurança, transparentes e disponíveis para a conferência pública, diminuindo os riscos de fraudes e sem a necessidade de um banco central para a análise dos dados.

Ainda que novidade para muitos corretores, o blockchain pode ser muito útil ao segmento para dar maior agilidade às rotinas, entre outros itens como, por exemplo:

– Aumento do alcance das seguradoras a usuários não cobertos pelas redes tradicionais de corretagem;

– Personalização de serviços e produtos;

– Redução de custos e riscos operacionais;

O portal CI&T destaca o uso de blockchain como acertado quando o assunto é economia compartilhada. Isso pois, com a tecnologia se faz possível aferir com precisão o tipo de uso do veículo. Ainda segundo o portal, se considerarmos que apenas 24% dos carros têm seguro, pode-se prever o crescimento dessa base segurada a partir da possibilidade de segurar o automóvel de acordo com seu uso real.

Segundo material divulgado pela Revista Apólice, o principal reflexo da nova tecnologia está na possibilidade de regulação em tempo real do sinistro. Ainda de acordo com a publicação, o mercado mundial já vem aderindo ao blockchain em projetos como o Product rollout on RiskBlock platform onde seguradoras se juntaram para fazer a automação do processo de sinistros. A aplicação permite aos condutores de veículos motorizados e policiais checar a precisão da cobertura de seguro em tempo real sem depender de formulários em papel.

No entanto, como é padrão no ramo da tecnologia, a publicação alerta para o fato de que ainda há questões a serem aprimoradas no uso de blockchain. Uma delas está relacionada à performance e escala, uma vez que o blockchain é mais lento que um banco de dados, a criptografia consome processamento e a replicação de dados consome armazenagem. O custo da tecnologia também pode aumentar dependendo do número de transações.

Muitos quesitos ainda podem ser avaliados e amadurecidos em relação a este assunto. No entanto, uma coisa é certa: estar à frente no uso de tecnologias que são tendência auxiliam o seu negócio a estar na frente da concorrência.

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Artigo por

Charles Poltronieri
Fundador e CEO da Infocap TI, atua no mercado de seguros desde 1985, sendo professor da Escola de Negócios e Seguros há mais de 20 anos, onde ministra as disciplinas de Gestão Empresarial para Corretores de Seguros e Noções de Informática. Apaixonado por tecnologia, formado em Ciência da Computação, Pós Graduado em Análise de Sistemas e com MBA em Gestão Empresarial pela FGV/RJ. A base da experiência foi adquirida trabalhando na área de TI de 3 seguradoras (Novoseguro, União de Seguros e Bradesco Seguros).
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